Eu sei que os Supertramp são uma banda pirosa e que a voz aguda de Roger Hodgson é detestável para muita gente. Mas recentemente apeteceu-me recordar os meus 18 anos e o primeiro contacto com a banda. A entrada memorável de "School", o dramatismo de "Crime of the Century" e o chilrear de passarinhos em "Even in the Quietest Moments" transportam-me para uma altura em que, para além de feliz, era inocente. Inocente por acreditar na bondade das pessoas, na simplicidade da vida, na evidência das decisões a tomar. Acho que perdi essa inocência quando saí de casa aos mesmíssimos 18 anos. Ou melhor, quando mudei de cidade (Gaia por Braga).
Há alguns dias atrás, o Luís falava de provincianismo. O provincianismo tem vantagens quando observado sob o ponto de vista da inocência. Impede a confrontação dos nossos medos e das nossas insuficiências, poupa-nos a tarefa árdua das escolhas e, em última análise, torna a nossa vida mais segura. Mais segura, mas muito menos interessante.
Ouvir A Soap Box Opera, na sua plenitude orquestral, lembrou-me como pode ser importante olharmos as nossas raízes e rever o percurso que fizemos. Dezoito anos depois, quase todas as premissas foram abandonadas ou reequacionadas. Perguntar-me se ainda reconheço quem era, é demasiado complexo para responder e provavelmente irrelevante para quem só contempla o futuro como opção.
"A Soap Box Opera" performed by Supertramp
PS: O meu agradecimento ao Pedro pela sugestão do título do post
sexta-feira, novembro 30, 2007
segunda-feira, novembro 26, 2007
Josh Rouse ao vivo no Theatro Circo
quinta-feira, novembro 22, 2007
quarta-feira, novembro 21, 2007
sábado, novembro 17, 2007
Argumentos (I)lógicos
Facto número 1: Hugo Chavez foi eleito Presidente da Venezuela em eleições livres.
Argumento utilizado, implícita ou explicitamente, pelos comentadores políticos e bloggers com base no facto número 1: Como Chavez foi eleito não é ditador.
Facto número 2: Hitler também venceu eleições com o Partido Nazi e chegou ao poder por meios democráticos.
Corolário: Ganhar eleições democráticas é irrelevante para julgar um político como potencial ditador. O tempo no poder e sobretudo os expedientes e artimanhas utilizados para a manutenção desse mesmo poder são indicadores muito mais fidedignos.
Argumento utilizado, implícita ou explicitamente, pelos comentadores políticos e bloggers com base no facto número 1: Como Chavez foi eleito não é ditador.
Facto número 2: Hitler também venceu eleições com o Partido Nazi e chegou ao poder por meios democráticos.
Corolário: Ganhar eleições democráticas é irrelevante para julgar um político como potencial ditador. O tempo no poder e sobretudo os expedientes e artimanhas utilizados para a manutenção desse mesmo poder são indicadores muito mais fidedignos.
quinta-feira, novembro 15, 2007
Josh Rouse ao vivo no Theatro Circo
Bilhetes comprados para dia 27. Despachem-se! Já só apanhei a fila K...
quarta-feira, novembro 14, 2007
Pérolas da Dark Wave - Clan of Xymox
Os anos 80 viram nascer um estilo musical conhecido como dark wave. No saco cabiam muitas bandas, desde The Cure a Dead Can Dance, mas em comum tinham o preto como cor dominante na música, na poesia e na indumentária. Os Clan of Xymox, nascidos em 1984, são uma banda holandesa desta corrente e já com um conjunto apreciável de obras, das quais se destacam o homónimo Clan of Xymox (1985), Medusa (1987), Hidden Faces (1997) e o mais recente Breaking Point (2006).
Um excelente vídeo filmado em New York (com Torres Gémeas e tudo) e ao vivo na Cidade do México para o tema Stranger, um dos melhores de sempre dos Clan of Xymox. Visualmente muito bom graças aos contrastes do preto-e-branco e musicalmente apresentando a banda no seu auge, Stranger é uma curta metragem arrojada e a fugir ao estilo estafado dos vídeoclips convencionais. Um must!
domingo, novembro 04, 2007
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