segunda-feira, dezembro 31, 2007
quinta-feira, dezembro 27, 2007
Melhores Canções do Ano de 2007
Se a minha lista de cds causou algumas surpresas, a lista das 10 canções do ano também vai surpreender. Ao K. tenho a dizer que conheço pouco dos LCD Soundsystem e a lista só reflecte cds sobre os quais tenho opinião formada. Já relativamente aos Radiohead, digo ao Vasco que me parece mais do mesmo.
De todas as listas que vi publicadas na Internet em sites de música, muitas mencionam Panda Bear, Arcade Fire e Blonde Redhead. Poucas mencionam Bright Eyes e Andrew Bird. Todas ignoram Björk (uma tremenda injustiça!), Amiina (pelas semelhanças com Sigur Ròs) e Autumn Shade (por desconhecimento). Rufus Wainwright merece uma referência especial. Sendo este o seu quinto álbum, é também o mais brilhante. As orquestrações grandiosas, a emoção da voz e a paixão das letras justificam a minha escolha. O desprezo dos outros fica a dever-se, muito provavelmente, à atitude contestatária e quase anti-patriota de algumas canções ("Going to a town", por exemplo).
Aqui ficam as melhores do ano:
1. Antichrist Television Blues – Arcade Fire
Se Bruce Springsteen escrevesse canções sobre religião soaria assim. Um poema gigante, em dimensão e conteúdo: críticas ao fanatismo religioso (evangélico, islâmico…), Torres Gémeas, exploração de crianças para fins religiosos (leia-se €€€€€ ou $$$$$$). Win Butler e os Arcade Fire, mestres do apocalipse…
Ouvir: Aqui
2. Scythian Empires – Andrew Bird
Um prodígio de melodia, composição e execução. Andrew Bird no auge.
Ouvir: http://www.box.net/shared/static/803d3eoqhx.mp3
3. Earth Intruders – Björk
Um pódio bem merecido. Björk em plena forma. Ela é única e a sua música desafia classificação.
Ver e ouvir: http://www.youtube.com/watch?v=p3YMf5sRnDs
Ao vivo no Saturday Night Live: http://www.youtube.com/watch?v=p9wZ_P4v3bI
4. Sparrow/Home – Autumn Shade
A primeira vez que ouvi esta música pensei que tinha sido gravada num celeiro de tamanho gigantesco. Depois de saber que os Autumn Shade são de Tulsa, Oklahoma, tenho a certeza que foi gravada num celeiro. Jes Lenee é a descoberta musical do ano.
Ouvir Home: Aqui
Ouvir o disco Ezra Moon: http://www.autumn-shade.com/
5. Intervention – Arcade Fire
Fico com pele de galinha sempre que ouço esta. Tentem lá descobrir o último grande êxito musical em que um órgão de tubos tem papel principal...
Ouvir: Aqui
6. Sunflower’s Here to Stay – Angels of Light
Infelizmente, esta não está disponível em lado nenhum. Podem ouvir um excerto fraquinho aqui: http://www.midheaven.com/fi/audio2/wearehim09.m3u
Em alternativa, Black River Song também do álbum We Are Him: http://www.thankscaptainobvious-music.net/Songs/01%20-%20Black%20River%20Song.mp3
7. Going to a Town – Rufus Wainwright
Ok, esta não ganha o prémio de popularidade entre os americanos. Acontece que nós somos europeus e, política à parte, uma boa canção basta.
Ver e ouvir: http://www.youtube.com/watch?v=dUIsQo4K70Y
8. Make a Plan to Love Me – Bright Eyes
É a canção de amor do ano.
Ouvir: http://www.youtube.com/watch?v=rElUB2meWsU
9. La Dame et la Licorne – Shearwater
Vagas semelhanças com os Talk Talk em final de carreira... o que é sempre uma boa referência. Ouvir: Aqui
10. 23 – Blonde Redhead
Alguns dizem que faz lembrar My Bloody Valentine, mas é “apenas” excelente música pop.
Ver e ouvir: http://www.youtube.com/watch?v=a7FqUNlEdwA
De todas as listas que vi publicadas na Internet em sites de música, muitas mencionam Panda Bear, Arcade Fire e Blonde Redhead. Poucas mencionam Bright Eyes e Andrew Bird. Todas ignoram Björk (uma tremenda injustiça!), Amiina (pelas semelhanças com Sigur Ròs) e Autumn Shade (por desconhecimento). Rufus Wainwright merece uma referência especial. Sendo este o seu quinto álbum, é também o mais brilhante. As orquestrações grandiosas, a emoção da voz e a paixão das letras justificam a minha escolha. O desprezo dos outros fica a dever-se, muito provavelmente, à atitude contestatária e quase anti-patriota de algumas canções ("Going to a town", por exemplo).
Aqui ficam as melhores do ano:
1. Antichrist Television Blues – Arcade Fire
Se Bruce Springsteen escrevesse canções sobre religião soaria assim. Um poema gigante, em dimensão e conteúdo: críticas ao fanatismo religioso (evangélico, islâmico…), Torres Gémeas, exploração de crianças para fins religiosos (leia-se €€€€€ ou $$$$$$). Win Butler e os Arcade Fire, mestres do apocalipse…
Ouvir: Aqui
2. Scythian Empires – Andrew Bird
Um prodígio de melodia, composição e execução. Andrew Bird no auge.
Ouvir: http://www.box.net/shared/static/803d3eoqhx.mp3
3. Earth Intruders – Björk
Um pódio bem merecido. Björk em plena forma. Ela é única e a sua música desafia classificação.
Ver e ouvir: http://www.youtube.com/watch?v=p3YMf5sRnDs
Ao vivo no Saturday Night Live: http://www.youtube.com/watch?v=p9wZ_P4v3bI
4. Sparrow/Home – Autumn Shade
A primeira vez que ouvi esta música pensei que tinha sido gravada num celeiro de tamanho gigantesco. Depois de saber que os Autumn Shade são de Tulsa, Oklahoma, tenho a certeza que foi gravada num celeiro. Jes Lenee é a descoberta musical do ano.
Ouvir Home: Aqui
Ouvir o disco Ezra Moon: http://www.autumn-shade.com/
5. Intervention – Arcade Fire
Fico com pele de galinha sempre que ouço esta. Tentem lá descobrir o último grande êxito musical em que um órgão de tubos tem papel principal...
Ouvir: Aqui
6. Sunflower’s Here to Stay – Angels of Light
Infelizmente, esta não está disponível em lado nenhum. Podem ouvir um excerto fraquinho aqui: http://www.midheaven.com/fi/audio2/wearehim09.m3u
Em alternativa, Black River Song também do álbum We Are Him: http://www.thankscaptainobvious-music.net/Songs/01%20-%20Black%20River%20Song.mp3
7. Going to a Town – Rufus Wainwright
Ok, esta não ganha o prémio de popularidade entre os americanos. Acontece que nós somos europeus e, política à parte, uma boa canção basta.
Ver e ouvir: http://www.youtube.com/watch?v=dUIsQo4K70Y
É a canção de amor do ano.
Ouvir: http://www.youtube.com/watch?v=rElUB2meWsU
9.
Vagas semelhanças com os Talk Talk em final de carreira... o que é sempre uma boa referência.
Alguns dizem que faz lembrar My Bloody Valentine, mas é “apenas” excelente música pop.
Ver e ouvir: http://www.youtube.com/watch?v=a7FqUNlEdwA
sexta-feira, dezembro 21, 2007
Melhores Álbuns de 2007 / Best CDs of 2007
1. Neon Bible - Arcade Fire
2. Release the Stars - Rufus Wainwright
3. Ezra Moon - Autumn Shade
4. Armchair Apocrypha - Andrew Bird
5. Kurr - Amiina
6. We Are Him - Angels of Light
7. Volta - Björk
8. Cassadaga - Bright Eyes
9. Person Pitch - Panda Bear
10. North Star Deserter - Vic Chesnutt

Menções Honrosas:
Ghost Will Come and Kiss Our Eyes - Hrsta
Ongiara - Great Lake Swimmers
Palo Santo - Shearwater

You, You're a History in Rust - Do Make Say Think
23 - Blonde Redhead
Amateur - Alog










Menções Honrosas:
Ghost Will Come and Kiss Our Eyes - Hrsta



You, You're a History in Rust - Do Make Say Think


quinta-feira, dezembro 13, 2007
sábado, dezembro 08, 2007
Um cruzamento entre o visual de Marco Paulo e a música de António Variações
Uma amplitude vocal inacreditável, uma atitude de desafio e música pop electrizante levaram à glória Billy Mackenzie e Alan Rankine, a banda que ficou mundialmente conhecida como The Associates. Nasceram em 1979, mas o reconhecimento só chegou em 1982 com o álbum Sulk, uma obra-prima da música pop, admirada por nomes tão diferentes quanto Marc Almond ou Siouxsie Sioux.
Billy Mackenzie cantava com uma intensidade rara, oscilando entre falsettos quase impossíveis nuns momentos e uma voz quase cavernosa noutros. White Car in Germany demonstra estes extremos. Noutro contexto seria apenas mais um exemplo de música euro-trash, tipo Modern Talking ou Bananarama, mas na voz de Billy, naquela voz que parece vinda do além, transforma-se numa peça de música pop sinistra, se é que o rótulo faz sentido...
Na sua fase mais extravagante, os Associates praticavam um pop melódico e energético, com rumores rampantes de falsettos movidos a hélio. Tudo a contribuir para a projecção de Billy até à eternidade. Em termos de letras e música, existem curiosas semelhanças com António Variações, mas já em termos visuais foi em Marco Paulo que pensei. Vejam 18 Carat Love Affair para avaliarem o "Marco Variações" escocês...
Os Associates dissociaram-se em 1984 e Billy segui uma carreira a solo com sucesso intermitente durante a década seguinte.
Billy Mackenzie cometeu suícidio por overdose em 1996.
Billy Mackenzie cantava com uma intensidade rara, oscilando entre falsettos quase impossíveis nuns momentos e uma voz quase cavernosa noutros. White Car in Germany demonstra estes extremos. Noutro contexto seria apenas mais um exemplo de música euro-trash, tipo Modern Talking ou Bananarama, mas na voz de Billy, naquela voz que parece vinda do além, transforma-se numa peça de música pop sinistra, se é que o rótulo faz sentido...
Na sua fase mais extravagante, os Associates praticavam um pop melódico e energético, com rumores rampantes de falsettos movidos a hélio. Tudo a contribuir para a projecção de Billy até à eternidade. Em termos de letras e música, existem curiosas semelhanças com António Variações, mas já em termos visuais foi em Marco Paulo que pensei. Vejam 18 Carat Love Affair para avaliarem o "Marco Variações" escocês...
Os Associates dissociaram-se em 1984 e Billy segui uma carreira a solo com sucesso intermitente durante a década seguinte.
Billy Mackenzie cometeu suícidio por overdose em 1996.
Subscrever:
Mensagens (Atom)