
Nas festas de garagem dos meus 18 anos, London Calling, Spanish Bombs, The Guns of Brixton e Train in Vain eram temas de passagem obrigatória, numa altura em que a adolescência procuram viver o dia-a-dia despreocupadamente e sem expectativas em relação ao futuro. Pop, rock, reggae e ska dominam toda a obra, mas a mistura de géneros que os The Clash eram capazes de colocar em disco só atingiria o seu zénite em Sandinista!
London Calling é considerado pela generalidade dos críticos um disco perfeito. Na reedição que celebra os 25 anos do disco, a sempre exigente Pitchfork Media dá-lhe a pontuação perfeita (10.0). Na minha opinião, é o melhor disco feito por uma banda punk-rock (supostamente). Apresenta temas musicalmente fortes, sustentados numa fusão dos géneros pop, rock e reggae, e aborda os assuntos mais delicados no momento conturbado em que Margaret Thatcher assume o poder: desemprego, drogas, violência interracial e terrorismo independentista. É um excelente manifesto político, no qual a violência das letras se sobrepõe à suposta violência do punk. Em London Calling, os Clash transformam-se numa banda para quem a mensagem é mais importante do que o nihilismo do punk, e esse é, certamente, um sinal de inteligência.
The Clash - London Calling
The Clash - Rudie Can't Fail
The Clash - Train in a vain
Projecto 200 anos de música. A ideia é simples. Ao longo de duzentas entradas, o Piano na Floresta vai listar duzentas obras musicais, uma por cada ano, iniciando a contagem decrescente a partir do ano 2000. Se tudo correr conforme planeado, será possível identificar um disco ou uma obra composta em cada um dos anos no intervalo entre o ano 1800 e o ano 2000. Não há limitações de género musical. A qualidade e a reputação da obra não constituem critério de escolha, embora se entenda que ela é, de algum modo, representativa do ano em questão.
3 comentários:
É dos meus favoritos. Óptima escolha.
tenho esse dos Clash,
muito bom.
...aliás tens aqui publicadas
muitas das minhas bandas preferidas
Curti o blogue ;)
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