Os Portishead são um duo de Bristol, Inglaterra, e representam o apogeu de um género musical que ficou conhecido como trip-hop e que integra igualmente os Massive Attack e Tricky, só para mencionar os mais conhecidos fundadores.
A figura franzina de voz frágil é Beth Gibbons, mas a mensagem transmitida é poderosa. Dummy é um disco que me marca pela capacidade dos músicos em abdicarem da estrutura tradicional de uma "banda pop-rock" e apostarem no sampling, nos loops e no scratch para produzirem uma sonoridade original, associada a temáticas intemporais como o amor, o sonho, a verdade e a vida. Embora o disco tenha sido editado em 1994, foi só entre 1998 e 2001 que o ouvi centenas de vezes, uma por cada tarde que passava na Epitome Coffee House, em Tallahassee, a estudar para o meu doutoramento. Naquele local, caracterizado pela irreverência e inconformismo de um bando de não-alinhados na cultura americana dominante, era habitual ouvir Dead Can Dance, Blues Traveller ou Björk. Os Portishead também faziam parte do lote de escolhas do barista/dj de circunstância.
Projecto 200 anos de música. A ideia é simples. Ao longo de duzentas entradas, o Piano na Floresta vai listar duzentas obras musicais, uma por cada ano, iniciando a contagem decrescente a partir do ano 2000. Se tudo correr conforme planeado, será possível identificar um disco ou uma obra composta em cada um dos anos no intervalo entre o ano 1800 e o ano 2000. Não há limitações de género musical. A qualidade e a reputação da obra não constituem critério de escolha, embora se entenda que ela é, de algum modo, representativa do ano em questão.
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