terça-feira, fevereiro 14, 2006

Música à Terça IV


Em 1969, quando este disco foi editado pela primeira vez, vendeu apenas 600 cópias. A razão era assaz caricata: foi colocado na secção de música religiosa! Para os fãs, os Genesis transformaram-se em banda de culto, de facto, mas alguns anos mais tarde, com os temas The Knife, The Musical Box e Supper's Ready e os álbuns Selling England By the Pound e The Lamb Lies Down on Broadway.

Os Genesis, com Peter Gabriel, Michael Rutherford, Tony Banks, Anthony Phillips e Jonathan Silver, eram ainda muito jovens (Gabriel tinha 16 anos), mas estavam longe de ser teenagers inconsssientes. A obra é um prodígio em termos melódicos, ainda que sofra de uma compreensiva ingenuidade, típica de quem se inicia nesta arte. Foi composta em grande parte no colégio inglês que os membros da banda frequentavam e os arranjos para cordas e a produção são da responsabilidade de Jonathan King.

Este trabalho está longe de ser uma obra prima, mas tem momentos pop enternecedores e inesquecíveis como Where the Sour Turns to Sweet, The Serpent, One Day e o single The Silent Sun, considerado pelo próprio Jonathan King como um "Bee Gees pastiche". Posso dizer-vos que, quando quero ouvir música "optimista", este é um dos álbuns do topo da lista.

1. Where The Sour Turns To Sweet (3:13)
2. In The Beginning (3:46)
3. Fireside Song (4:18)
4. The Serpent (4:38)
5. Am I Very Wrong? (3:31)
6. In The Wilderness (3:29)
7. The Conqueror (3:40)
8. In Hiding (2:37)
9. One Day (3:21)
10. Window (3:33)
11. In Limbo (3:30)
12. Silent Sun (2:13)
13. A Place To Call My Own (1:58)

Total Time: 43:47

7 comentários:

K. disse...

Eis uma recomendação para futuras audições. Apenas conheço os Genesis já da sua fase final anos 70/década de 80. Aliás, nem fazia ideia que ainda remontavam aos anos 60!

M.M. disse...

Os Genesis eram geniais... até o Phil Collins começar a cantar, mas essa é a minha opinião muito pessoal. ;-)
Excelente escolha, é daqueles álbuns intemporais.

merdinhas disse...

Genesis sim mas com o seu fundador. Com Peter Gabriel.

Anónimo disse...

Um dia gostava de descobrir quais os teus piores álbuns. Daqueles que tens vergonha sequer de mencionar que tens, ou tiveste, escondidinhos no armário. :)

Quanto a Genesis.. Pronto, lá vou eu ser pec.sincera outra vez, sou uma inculta consciente, não conheço Genesis pré.Collins, apenas uma ou outra coisa que ouvi mas que já nem me lembro. Deve ter sido bom, pelo que oiço sempre dos saudosistas. Acredito que sim. Quando me tornar musicalmente organizada pode ser que colmate essa falha - eu sei, eu sei, é simples, mas eu sou mesmo musicalmente caótica..

=o)

Thor disse...

Os Genesis eram enormes antes de Phil Collins começar a cantar. Atenção que fique claro, o meu problema com o Phil Collins é mesmo só por ele decidir cantar, já que se trata de um baterista de excepção. Aliás foi por essa razão que foi para os Genesis. Nunca percebi é a razão pela qual quando decidiram quem seria o vocalista na era pós-Gabriel, não escolheram o Mike Rutherford que canta razoavelmente nos seus Mike and the Mechanics. Mas isto é só a minha opinião...

Fernando disse...

K:

Os Genesis entre 1970 e 1975 são verdadeiramente fastásticos. Acho a fase pós-Gabriel e, sobretudo, pós-1982 muito mázinha...

M.M. e Merdinhas:

Sim, Genesis só mesmo com Peter Gabriel. O primeiro álbum com Phil Collins ainda é aceitável (imagino que por contágio...)

Marta Pec:

Álbuns de que tenho vergonha... eheheh! Já pensei em fazer um post sobre isso, mas digamos que não há muitos em cd. Estou a lembrar-me de qualquer coisa dos Alphaville, Bruce Hornsby & The Range e mais umas quantas coisas muito más de que, felizmente, ninguém ouviu falar. Já em vinil, a escolha é enorme. Aqueles singles todos dos Modern Talking envergonham-me bastante...

Thor:
Sim, também não tenho qualquer problema com o Phil como baterista, mas a música que os Genesis fizeram pós-1982 é muito fraquinha e o Phil Collins deu um grande contributo.

AEnima disse...

Genesis e futebol, nunca foram muito comigo à missa... literalmente no meu caso