terça-feira, outubro 04, 2005

Fases Musicais I (1981-1986)

Já que este blog é suposto falar de música... cá vai. Até aos 11 anos, quase só ouvia música clássica. A influência do meu pai, com as duas centenas de discos de vinil de música clássica, foi determinante para este gosto invulgar e algo elitista. Com a entrada nos teenage years, comecei por consumir pop do mais rasca que se pode imaginar. Aqui fica a lista dos 20 mais escutados nessa altura lá em casa:

Wham!
Duran Duran
Modern Talking
Kim Wilde
Fischer Z
Nena
Alphaville
Madonna
Paul Young
The Communards
Elton John
A-ha
Sandra
Abba
Kajagoogoo
Rod Stewart
Cindy Lauper
Dead or Alive
Nik Kershaw
Orchestral Manoeuvers in the Dark

Até aos 15 anos gostava de música que hoje considero muito fraca ou, pelo menos, esquecível. Desta lista, só dois ou três nomes produziram alguma vez música “decente” e que ficará para a história. Muitos são chamados de “one-hit wonder”, como os alemães Fischer Z, Nena, Sandra e Alphaville, outros conseguiram produzir vários mega-sucessos comerciais, como os Wham!, os Modern Talking ou os A-ha. Os OMD ainda escapam, pois a música que faziam não era propriamente pop rasca, ainda que muito agradável ao ouvido.

Elton John e Rod Stewart tiveram alguns momentos de inspiração ao longo dos anos 70. “Your Song”, “Rocket Man”, e “Goodbye Yellow Brick Road” de Elton e “Maggie May”de Rod são temas melodicamente irrepreensíveis e que se destacavam positivamente de toda a horrível onda de rock “progressivo” que grassava na primeira parte da década.

Só há uma banda que ainda ouço com alguma regularidade: os Abba. Lembro-me de constituírem a “banda sonora” das minhas leituras dos livros de aventuras de Enid Blyton, como “Os Cinco”, “Os Sete” e a colecção “Mistério”. Não me perguntem qual a associação… Não consigo encontrar nenhuma razão óbvia. No entanto, para quem, como eu, valorizava a melodia claramente acima do ritmo, da estrutura, ou da composição lírica e musical, os Abba eram imbatíveis. A banda sueca desbaratava melodias nas suas canções como um viciado em jogo estoura dinheiro na mesa de um casino.

5 comentários:

Pecola disse...

E pronto, heis que já reconheço algumas referências. Abençoados anos 80!

Achei piada à descrição da tua leitura, muita mesmo. :)

Anónimo disse...

Gostei mesmo foi de te teres cansado da ser um professor angustiado! Já nem isso vale a pena!!!

Parabéns pelo blog!

AEnima disse...

Caramba!!! Alem se lembra da coleccao "misterio"!!! Eu quando falava que eram os meus livros favoritos toda a gente pensa que inventei, so se lembram dos "cinco", mas sim... li esses todos tambem e depois comecaram a aparecer a coleccao "uma aventura" portuguesa que tambem era muito bem escrita... e guess what??? Ainda hoje leio Agatha Christie e Arthur Conan Doyle... os do Conan Doyle do Sherlock ja marcharam ha muito tempo... a Agatha e mais prolifera, e entre o Poirot, a miss Marple e os varios restantes misterios dela... vou no 42o livro neste preciso momento.

K. disse...

Eheheh... também recordo alguns destes inenarráveis nomes! :)

Uxka disse...

E pensava eu que ninguem mais do que eu tinha descido ao fundo poço! Tu conseguiste pior! Modern Talking e Alphaville eram mesmo execráveis... quanto aos restantes, marcharam todos sempre temperados com Rolling Stones, Police e depois U2. As minhas cassettes desses dias pareciam um restaurante chinês: uma mistura aparentemente impossível de ingredientes. Adoro chinês!